Não é por nunca ter escrito/publicado nada sobre ela que me é menos importante, até porque o que sinto por ela está guardado num cantinho muito especial do meu coração.
Dentro do baú, estão memórias na maioria felizes, dos fins de semana na sua casa, às idas ao café sempre acompanhada de um chocolate, do baloiço ao pátio, onde passei muito tempo a brincar..Como sempre as recordações não são vividas com a mesma intensidade que os momentos em si, é verdade que ela me fez crescer imenso, mas agora que cresci mais uns aninhos é que ela passou a fazer parte da minha vida a 100%.
Trago na memória fotográfica ela no meio de trapos, das costuras ou dos fatos de carnaval para mil gente; trago na memória o riso dela quando o meu avô dizia que se eu não parasse de fazer porcaria me mandava para casa... Infelizmente, trago na consciência o peso da minha ausência quando ela mais precisou, o peso de quem não sabia sequer olhar para a avó , quando o avô partiu..
Desde então, a minha passou a ser a sua segunda casa, e como tal as memórias continuam a acumular-se no baú. Os bons dias descabelada,os jantares e até o aconchegar da manta no sofá, fazem dela a minha grande companhia em casa.
Não é de todo por ser minha, mas nunca vi pessoa com tal força, com tal sorriso que dificilmente é afectado por algo. Minha companheira, minha psicóloga, meu ombro amigo e meu sorriso em dias dificéis.
Poucas palavras para sentimentos enormes . AMO-TEE AVÓ!!
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