28 julho, 2015

Virar as costas comandado pela Esperança

      Sentada na cama e obviamente de luz acesa, dou por mim a Olhar para trás mais uma vez, e logo me apercebo que o faço constantemente.
      Olho para trás para tentar modificar algo que sempre soube e sei que é impossível mudar ; Olho para trás e suponho... Penso nos 'E se' que me fazem rir por momentos, mas que logo são desfeitos pelo que sinto no presente. Olho para trás e ponho uma capa, mascarando o que sinto neste momento, tento apenas ver/retirar as coisas boas que me levam a ser quem e o que sou. Olho para trás e vejo o peso que durante tanto tempo trago ás costas por deixar tudo para trás.
      Por momentos fecho os olhos, sinto o cansaço que se tem vindo a acumular, as ideias atropelam-se com necessidade de saírem só para me deixar mais leve... O coração acelerado como ultimamente, faz com que a cabeça não queira de novo Olhar para trás... Porque no fundo os ponteiros do relógio nunca pararam de girar e o segundo em que escrevo, é passado e não volta mais.Ficou lá atrás. É por não voltar mais, que o passado normalmente traz consigo a raiva/angústia de nada puder ser mudado.
      Olho para trás... e quero conseguir viver o presente.
      O presente, que acabou de passar, é um virar as costas comandado pela Esperança, é como que um ter que aceitar o " não volta mais" porque do passado e do que ficou lá atrás, apenas vivem os museus.



Sem comentários:

Enviar um comentário